segunda-feira, 26 de abril de 2010

À sombra das meninas em flor.

Eu acho que foi nesse livro que o proust escreveu uma frase que de tanto pensar nela eu acabei memorizando. Era mais ou menos assim: todo ser é destruído quando deixamos de vê-lo e sua próxima aparição é uma nova criação, distinta da que foi imediatamente anterior e talvez de todas.

Eu pensei novamente nela hoje. Talvez pela proximidade dos seres que eu destruí.

Quando a li pela primeira vez, achei que tinha entendido. Mas hoje ela própria me pareceu diferente e soou meio indecifrável. O vazio do sentido perdido foi uma dor e isso não deveria me abalar.

Mas se o seu mistério habitar algum lugar que fica entre o hábito e a memória, talvez ele seja meu vizinho.

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